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Gestores municipais da região Centro-Oeste de MG discutem em encontro em Divinópolis sobre atraso no repasse do Fundeb

Recentemente, prefeitos da região Centro-Oeste de Minas Gerais se reuniram para discutir a preocupante situação dos atrasos nos repasses do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb) por parte do governo estadual. O destaque da reunião girou em torno das dificuldades financeiras enfrentadas pelos municípios devido a essa questão. Um dos prefeitos presentes, Galileu Machado, de Divinópolis, mencionou a possibilidade de escalonar os salários dos profissionais da educação devido à falta de repasses, que chegam a R$ 6 milhões no caso de sua cidade.

Além de Galileu, o prefeito de Itapecerica, Willer Rodrigues Reis, também compareceu à reunião e alertou que a falta de repasses comprometerá os serviços educacionais oferecidos à população de sua cidade. A preocupação com a continuidade desses serviços levou os prefeitos a unirem esforços em prol da reivindicação dos repasses devidos, visando atender às obrigações municipais relacionadas à educação.

O presidente da Associação dos Municípios da região, Almir Resende Júnior, explicou que o encontro teve como objetivo principal firmar parcerias entre os prefeitos e buscar soluções conjuntas para lidar com a crise financeira provocada pelos atrasos nos repasses. Medidas judiciais foram tomadas pela Associação Mineira de Municípios, porém o retorno do governo foi considerado insuficiente, aumentando a urgência de encontrar alternativas para evitar um colapso nas finanças municipais, especialmente a partir de agosto.

Em meio a essa situação crítica, a Prefeitura de Divinópolis precisou adotar medidas emergenciais, como suspender o recurso das férias dos servidores da educação, a fim de garantir o pagamento dos salários dos educadores no prazo previsto. Com a maior parte dos salários do setor sendo pagos com recursos do Fundeb, a folha de pagamento da cidade é fortemente impactada pela falta de repasses do governo estadual.

Os números revelam a grave crise financeira enfrentada pelas prefeituras mineiras, com um débito de mais de R$ 8 bilhões referentes ao Fundeb e mais de R$ 4,7 bilhões em atrasos com as prefeituras, especialmente na área da Saúde. O montante em débito com a região Centro-Oeste de Minas alcança a expressiva cifra de R$ 227.593.368,33, evidenciando a urgência de soluções efetivas para garantir a continuidade dos serviços essenciais prestados à população.

A partir de junho de 2016, houve um avanço nas políticas de pagamentos, porém restam dívidas de 2011 em aberto.

Viajante e Investidor, apaixonado por destinos exóticos onde conheceu mais de 50 países.